Saúde da Mulher Grávida

Saúde da Mulher Grávida

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O abacate e a gestação!

Olhem que interessante! O abacate tem o seu momento certo de madureza! Passei, literalmente, uma semana "doulando" esse abacate!

Dentro dele tem uma semente, a semente da perpetuação da sua espécie! Envolto em uma "pelinha" que separa a semente do fruto. Ao parti-lo notei uma cicatriz tanto no fruto quanto na semente. O formato do abacate e o "cabinho" - por onde ele se pendura ao abacateiro.
 
O abacate é o útero. 



O "cabinho" é o colo do útero. 



O fruto é o miométrio. 



A "pelinha" é o saco amniótico. 



A semente é o bebê. 



A cicatriz é o local onde a placenta ficou a gestação toda e depois na dequitação - nascimento da placenta - é descartada. 



Só não vi o líquido amniótico no abacate! 

Perguntei para as Experts da Nutrição se o abacate é um bom alimento para ser consumido pelas gravidíssimas e quais são as suas propriedades!

Elas reponderam com todo amor!!!


DE ANTE MÃO: É UM ÓTIMO ALIMENTO PARA AS GRAVIDÍSSIMAS!
Minhas lindas, amadas e especiais Nutricionistas Mikely Lima e Dani Granja, responderam sobre o Abacate! Foi linda e mágica essa interação! Brigada, amores, pela linda explicação! Ambas são Nutricionistas de Bauru, interior de São Paulo.
Seguem as explicações sobre o Abacate!
Dani Granja, explica: “Os benefícios do abacate para a saúde incluem ajudar a melhorar o funcionamento do sistema circulatório, pois contém gordura saudável, como o Ômega 3, que facilita a circulação do sangue nas artérias e ajuda na formação das células do sangue. Previne doenças como a anemia, pois contém ácido fólico. Além disso, o abacate também ajuda a prevenir doenças como o câncer, pois tem antioxidantes, substância importantes para ajudar a proteger as células do corpo, fortalecendo o organismo. O benefício do abacate na gravidez é prevenir doenças congênitas em bebês, como a espinha bífida. Durante a gravidez, é essencial o consumo de folato ou ácido fólico e o abacate é uma excelente fonte dessa vitamina.
Mikely Lima, complementou: “Na gestação, a orientação é comer, sim, o abacate. A fruta é rica em magnésio, que ajuda a combater as câimbras e também as contrações uterinas antes da hora. O magnésio, na gravidez, ajuda a combater o cansaço e a fadiga. Comam o abacate com moderação, pra ser mais especifica, sempre intercale as frutas e sempre dê preferência a frutas orgânicas!”


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Orientação às gestantes sobre os casos de microcefalia

Gestantes devem ter cuidado redobrado na prevenção de infecções transmitidas por insetos como Dengue e Zika. Para isso é importante o uso de um repelente de insetos adequado.



O Ministério da Saúde confirma relação entre vírus Zika e microcefalia.

Orientação às gestantes:



O achado reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação doença.
O Ministério da Saúde confirmou neste sábado, dia 30 de novembro de 2015, a relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi identificada a presença do vírus Zika.

A partir desse achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

O achado reforça o chamado do Ministério da Saúde para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya. O êxito dessa medida exige uma ação nacional, que envolve a União, os estados, os municípios e a toda a sociedade brasileira. O momento agora é de unir esforços para intensificar ainda mais as ações e mobilização.



A campanha lançada nesta semana alerta que o mosquito da dengue mata e, portanto, não pode nascer. A ideia é que todos os dias sejam utilizados para uma limpeza e verificação de focos que possam ser criadouros do mosquito. O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) indica 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, sendo necessária uma mobilização, de todos, imediata.

A orientação da Secretaria Estadual de Saúde (SES) é que cada gestante procure o seu obstetra, que deverá indicar um repelente de acordo com a peculiaridade de cada paciente, que pode ter alergia a determinada substância. Mesma recomendação da resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)- RCD 19, de abril de 2013, que dispõe sobre os requisitos técnicos para a concessão de registro de produtos cosméticos repelentes de insetos, e que diz: "para uso durante a gravidez e amamentação, consulte um médico." Nesta segunda-feira, em uma coletiva de imprensa, o Ministério da Saúde informou que, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todas as marcas comerciais disponíveis no Brasil podem ser utilizadas com segurança pelas gestantes.

A Icaridina na concentração de 20 a 25% (Exposis) é o repelente de maior duração na pele, conferindo aproximadamente 10 horas de proteção contra os insetos.

O DEET é o repelente mais comum e mais fácil de ser encontrado nas farmácias e supermercados (OFF, Autan, Repelex, entre outros). É um repelente muito eficiente, mas sua duração depende da concentração de DEET no produto. Infelizmente no Brasil a ANVISA só autoriza a venda de repelentes com concentração de DEET de até 15%, o que confere proteção máxima por 6 horas (produtos com concentrações de 25-50% estão disponíveis em outros países e são mais eficazes). Gestantes devem escolher os repelentes com DEET na versão para adultos (15%) com 6 horas de duração e não a versão infantil, que tem apenas 6 a 9% do ativo e duração mais curta (2 horas).

O IR3535, conhecido como Loção Antimosquito Johnson’s, é indicado para crianças de 6 meses a 2 anos. Tem duração muito curta, necessitando de reaplicações a cada 2 horas, o que pode deixar a gestante desprotegida em períodos de longa exposição.

Os repelentes naturais como citronela e andiroba tem rápida evaporação e portanto um tempo de proteção muito curto, de 10 a 20 minutos. Assim, não são considerados repelentes seguros para gestantes.

Concluímos então que a Icaridina seria a primeira escolha para a gestante pelo longo tempo de duração da proteção, sendo necessária apenas uma aplicação ao dia. O DEET e IR3535 também podem ser usados, mas por apresentarem menor duração da proteção, precisam ser reaplicados ao longo do dia.

Vale lembrar que o mosquito da Dengue/Zika tem hábitos diurnos, então o uso do repelente deve priorizar este período.

Nessa tentativa de se cercar de proteção no que diz respeito a ação dos repelentes mais fortes, muitas pessoas estão optando por repelentes naturais à base de andiroba, citronela, cravo e até pela ingestão de vitamina B em gotas, que faria com que o próprio corpo exalasse um odor que afugentaria os mosquitos. "Os naturais têm um tempo de ação muito curto e precisam de muitas reaplicações. Por isso, o mais é seguro é optar pelo repelente que não tem absorção. Quanto à ingestão da vitamina B, não há evidências suficientes que garantam a eficácia", adverte a obstetra Dra. Leila Katz, do Imip - Instituto Materno Infantil Professor Fernando Figueira. Para se ter uma ideia, os repelentes naturais como citronela e andiroba têm rápida evaporação e um tempo de proteção de cerca de 20 minutos e por isso não são considerados repelentes seguros para gestantes.

Recentemente vivemos uma epidemia de infecções virais potencialmente graves para as gestantes como Dengue e Zika, ambas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

Para prevenir a doença, além das medidas de controle dos focos criadores (água parada), a gestante deve se proteger contra a picada do inseto com o uso de roupas compridas, telas nas janelas e repelentes químicos.

É um grave erro achar que a mulher grávida deve usar produtos para bebês pensando: “se não faz mal para o bebê, não deve fazer mal para a gestante”. Considerando a necessidade de se proteger contra uma doença potencialmente grave, a proteção tem que ser o mais eficiente possível. Assim, os repelentes recomendados para as gestantes são os mesmos recomendados para os adultos.

Em relação aos repelentes, os mais comuns são à base de DEET (verifique no rótulo). Esta substância é uma das mais antigas e estudadas, e não é contra-indicada na gestação. Mas o número máximo de aplicações por dia deve ser respeitado, conforme orientação do rótulo. Há várias outras substâncias que podem funcionar como repelentes, e que são consideradas segura na gestação. A ANVISA (agência que regula o registro e comercialização de medicamentos e produtos no Brasil) exige que os produtos registrem no rótulo os cuidados e contra-indicações (alguns repelentes não podem ser usados em crianças menores de 2 anos, por exemplo). Portanto, desde que o produto tenha registro na ANVISA (reforçando, verifique o rótulo) e não contenha no rótulo nenhuma advertência, pode ser usado na gestação, afirma a Dra. Ana Cristina Vidor.

A Dra. Cristiane Benvenuto dissse que pacientes que até final do primeiro trimestre (12 semanas) usem apenas produtos liberados pelo seu dermatologista ou obstetra. Essa é a fase em que o bebê está mais sensível aos produtos usados pela mãe e também a fase mais delicada da gestação. Na dúvida, leve o produto na sua consulta de pre-natal ou ligue para seu obstetra, se for possível.  Prefira ficar em áreas protegidas dos mosquitos, mas se for necessário se expor use produtos com concentrações mais baixas de DEET. Além disso, o mais apropriado é usar roupas longas para proteger o corpo (se não estiver quente demais, claro) e aplicar o repelente nas roupas.

A médica dermatologista Dra. Thaís Ferraz explica como aplicar o repelente:

O efeito dos repelentes se dá pelo “efeito de nuvem”, ou seja, após a aplicação o repelente evapora e forma uma “nuvem” de aproximadamente 4 cm em volta da pele que repele o inseto. Assim, não é recomendado usar o repelente por baixo das roupas, mas por cima dos tecidos e apenas na pele exposta (braços, colo, pernas, pés).

Pelo mesmo motivo, o repelente é o último produto a ser aplicado na pele. Primeiro usa-se hidratantes, filtros solares, maquiagem, e o repelente sempre por cima de tudo.

Evite aplicar perto de olhos, nariz e boca. Todos os repelentes podem irritar as mucosas.

Respeitar o intervalo para reaplicar o produto:

  • Icaridina: 10 horas na pele e a cada 72 horas nos tecidos
  • DEET adultos (15%): 6 horas
  • IR3535: 2horas


Sobre os casos de microcefalia na região Nordeste, o Ministério da Saúde orienta às gestantes:
1 - Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;
2 - Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
3 - Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;
4 - Evitar contato com pessoas com febre, exantemas (erupções que podem aparecer em um região específica da pele ou por todo o corpo) ou infecções;
5 - Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);
6 - Proteger-se de mosquitos -  manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes.

Sábado de faxina – Não dê folga para o mosquito da dengue!



A reprodução do aedes aegypti, também conhecido como o "mosquito da dengue", costuma ser mais intensa durante o verão. O mosquito, que também é o transmissor da chikungunya e do vírus zika, não escolhe o bairro ou casa para se reproduzir. Ele precisa apenas de locais com água parada. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação deve ser feito por todos. A principal ação para prevenção dessas doenças é evitar o nascimento do mosquito da dengue, já que não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação.

Para chamar a atenção sobre a importância da limpeza para eliminação dos focos do aedes aegypty, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Sábado da Faxina - Não dê folga para o mosquito da dengue". A ideia é que toda a população dedique um dia da semana para verificar todos os possíveis focos do mosquito, fazendo uma limpeza geral em sua residência e impedindo a reprodução do aedes.

O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) mostrou que 199 municípios brasileiros estão em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika. Mais de 4% das casas visitadas nestas cidades continham larvas do mosquito. O Ministério da Saúde registrou, até 14 de novembro, 1,5 milhão casos prováveis de dengue no país. O aumento é de 176%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 555,4 mil no ano passado.

Em 45 dias um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas. É bom lembrar que o ovo do aedes aegypti pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. Se a área receber água novamente, o ovo ficará ativo e poderá atingir a fase adulta em poucos dias. Por isso, após eliminar a água parada, é importante lavar os recipientes com água e sabão.

O governo federal também está fazendo sua parte, com a capacitação de pessoal de estados e municípios para identificar locais de proliferação do mosquito e distribuição de larvicidas, inseticidas e kits de combate. O Ministério da Saúde repassou, até novembro deste ano, R$ 1,25 bilhão aos governos estaduais e municipais para o combate ao mosquito.

Confira o check list e aproveite o sábado para deixar sua casa livre da dengue!




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:








terça-feira, 22 de setembro de 2015

Dica de Leitura: EU NÃO QUERO [OUTRA] CESÁREA


“Neste livro, originado de sua tese de doutoramento, Luciana Carvalho busca oferecer à sociedade meios para se transformar, e, às mulheres, um instrumento para seu empoderamento. A partir desses relatos de parto, desconstruindo e reconstruindo os significantes e os significados, numa linguagem fluida e acessível, estrutura um texto para que suas leitoras possam se apropriar dessa linguagem, decodificar-se, fortalecer-se e empoderar-se. Nos indica que o processo de recuperação do parto, em nossa cultura, passará também pela linguagem.
A autora assinala o papel do discurso na instauração, manutenção e superação dos problemas sociais e, por meio da Análise Crítica do Discurso, revela relações de poder construídas por meio da linguagem. Na linguagem é possível identificar marcas ideológicas que desestabilizam ou reforçam o poder – o discurso hegemônico. Numa relação entre o profissional médico e a gestante, e depois parturiente, há dominância social e política. No hospital, há o controle do corpo. As desigualdades são reforçadas e reproduzidas por meio do discurso e das práticas. E o poder hegemônico é legitimado pela mídia e pelo convívio social – a naturalização coroa a ideologia dominante.
Com esse riquíssimo material, e com suas reflexões sempre bem fundamentadas e oportunas, Luciana nos tira da zona de conforto e aciona nossa indignação: é preciso mudar, e a mudança passa pela linguagem.”
Trecho da Apresentação escrita por Daphne Rattner Médica epidemiologista, professora da Universidade de Brasília e presidente da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento – ReHuNa
“Eu não quero [outra] cesárea, livro que Luciana Carvalho Fonseca oferece às suas leitoras e aos leitores evoca muita inspiração – e expiração e transpiração. Firme, informativo, questionador, provocativo… e extremamente delicado, mergulha no universo dos partos pós-cesárea  quebrando tabus, desfazendo lugares-comuns, desafiando ideias prontas de forte respaldo institucional no Brasil, ao modo de um manifesto muito bem fundamentado e informado pela liberdade das mulheres sobre sua experiência de dar à luz.
A autora analisa as representações do nascimento, domínio em que, no parto natural, surpreendentemente encontram-se mulheres pobres, supermodelos e ‘esquisitas’, mas do qual se distanciam brasileiras de classes média a alta, ‘optantes’ de cesáreas com horário marcado, sem dor nem suor, em ambientes tão monitorados que passíveis de abrigar festas celebrando o sucesso de mamãe/mommy e baby. Percorre o contexto brasileiro, com frequência inquietantemente paradoxal, sobre o nascimento. Analisa, com apoio da Linguística de Corpus, relatos de parto normal após cesárea de mulheres brasileiras, estadunidenses, britânicas e australianas. Denuncia o interdiscurso médico/social, a ideologia subjacente ao estonteantemente alto número de cesáreas praticadas no Brasil e o apoio à beira do subliminar da mídia que propaga como “sucesso” os nascimentos assépticos medicalizados – e desumanizados -, como ápice do progresso humano e médico.
Leitura rica de um texto profundo e perspicaz, quem a ela se dedicar refletirá sobre si mesma/o, o nascimento e os construtos culturais que assumem no mundo, por nossa desatenção, lugar de verdade.”
Trecho da Orelha escrita por Elizabeth Harkot-de-La-Taille, professora livre-docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (DLM/FFLCH/USP).

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

A espera do trabalho de parto e parto!!!

A espera do trabalho de parto é assim: A gota vai cair. É inevitável. A folha tem que soltar a gota e a gota? Ah! A gota! Ela precisa ganhar o mundo para fazer parte do oceano!
Sobre o trabalho de parto: Acredite. Confie. Se entregue. Se abra. A gota cai. Você vai entrar em trabalho de parto! Você vai passar pela jornada transformadora do SEU parto!
Em SEU trabalho de parto: A gota cai e caminha em direção ao oceano. A sua jornada está prestes a se concluir! Você vai se transformar e viver uma experiência única!
Você passou pela jornada transformadora do SEU parto. A gota, enfim, ganhou o oceano! O SEU parto te transformou e você é uma nova pessoa!
Porque esse é o sentido da vida: fazermos parte de um mesmo grande oceano!
Desejo todo amor do mundo para todas as gravidíssimas!!!
Muuuuuuitos beijos cheios de ocitocina e leitinho para todas vocês!!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Ilustração de Períneo Íntegro

Períneo íntegro, durante e após o parto, é possível?

O períneo possui dois tipos de musculatura. O assoalho muscular pélvico é um conjunto de músculos que efetivamente formam uma espécie de assoalho. Está disposto em dois níveis: um superficial e um profundo. De modo geral, o conjunto dessa grande musculatura destina-se principalmente a sustentar as vísceras da pelve menor: a bexiga, o útero e o reto.

A camada superficial é formada por músculos fibrosos e alongados. O períneo é associado, então com a camada de pele subjacente.
A camada profunda é formada de músculos largos e espessos, denominado diafragma pélvico.

As fibras musculares estão orientadas para baixo e para fora. Esse conjunto de músculos possui a forma de quilha de barco ou uma cesta de pão.

Os músculos entrecruzam-se e circundam os três orifícios: a uretra, a vagina e o ânus e contribuem para o seu controle esfincteriano.

Esse conjunto de músculos, garantem uma dupla função:

  1. Sustentação da parte inferior do abdomem;
  2. Passagem para o exterior ou interior, a qual é tomada pela elasticidade da estrutura.

Durante a gestação, a mucosa vaginal se torna muito macia e elástica para facilitar a passagem do bebê.

Na hora do parto, os tecidos distendem como o fole de um acordeão. Dessa forma, as lacerações da vagina são pouco frequentes e superficiais, salvo se os tecidos não estiverem saudáveis.

A Fisioterapia perineal é importante para o aumento ou a manutenção da força, da resistência e do alongamento do assoalho pélvico. Exercícios de fortalecimento, relaxamento, alongamento e expulsão são adotados na fisioterapia, no período que antecede o parto - pré-parto - e são de grande valia para a saúde do períneo no momento do parto - peri-parto - e o retorno da musculatura no pós-parto. 

Para o períneo não ser traumatizado durante o parto, alguns cuidados devem ser tomados:

  1. A saída do bebê não deve ser muito rápida ou muito longa;
  2. Deve-se evitar grande número de esforços com inspiração bloqueada ou apnéia;
  3. Não deve exercer pressão manual sobre o útero, manobra de Kristeller;
Esses fatores, sobretudo, quando acumulados, podem impedir a ampliação do períneo e ser causa de lacerações e prolapsos.


Respondendo a pergunta no início da postagem:

Sim. É possível o períneo íntegro durante e após o parto.

"Um períneo bem trabalhado e preparado. Uma saída suave e sem pressa do bebê. Respeitar o tempo e o momento da grávida. São os fatores fundamentais para a boa saúde do assoalho pélvico!"



Click no link abaixo para ver o vídeo:

Fisio e Doula - Saúde da Mulher Grávida - ILUSTRAÇÃO DE PERÍNEO ÍNTEGRO




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Calais-Germain, B. O períneo feminino e o parto: elementos de anatomia e exercícios práticos. São Paulo: Ed. Manole, 2005.



segunda-feira, 6 de julho de 2015

Você vai fazer o quê com a sua placenta?

Placenta. Imagem: Além D'Olhar Fotografia. Parto Pélvico da Mariana

A placenta é um órgão temporário, muito especial e que nutre a vida! A vida do seu bebê! Muitas mulheres desejam dar um destino digno para esse órgão tão maravilhoso e mágico! Uma infinidade de rituais podem ser adotados com a placenta.
Placenta Educativa. Arquivo Pessoal

No oriente, por exemplo, mais especificamente no Laos, no Sudeste Asiático, a placenta é colocada dentro de um bambu e a família sai à procura de uma árvore grande e deixam o bambu ao lado dessa árvore, pedindo proteção para o bebê. Se a família almeja inteligência para o bebê, ela atira o bambu com a placenta dentro de algum rio ou água corrente!
Bambu e Água Corrente. Imagem: Internet

Você pode plantar a placenta em um local que você visite sempre e fazer um ritual para plantá-la! Em nossa "selva de pedra" você pode plantar em um vaso de folhas dentro da sua casa! Nesse caso, logo após o nascimento da placenta, colocá-la dentro de um saco de plástico e guardá-la dentro de um pote, para o transporte da mesma. Envolva o pote em outro saco plástico e escreva “Placenta”. Guarde na geladeira se for plantá-la no dia seguinte do seu parto. Se for plantar em outra ocasião, mantenha o pote dentro do freezer, para uma melhor conservação.
Vaso Plantado. Arquivo Pessoal

Você também pode fazer um carimbo ou uma impressão, simbolizando a árvore da vida! Nesse caso, o carimbo deve ser feito imediatamente após o nascimento do seu bebê. Isso é feito em um papel A3 bem poroso! A placenta deve ser posicionada da maneira de você achar mais linda, em cima de uma superfície plana e em seguida cobrí-la com o papel para que a placenta fique carimbada ou impressa no papel. Depois você poderá enquadrá-la e pendurá-la, por exemplo, no quarto do seu bebê!
Placenta carimbada ou impressa. Imagem: Internet

Placenta carimbada ou impressa. Imagem Internet

Placenta carimbada ou impressa. Imagem Internet

Você pode tomá-la em um suco batido com laranja logo após o parto.
Também, podem-se fazer cápsulas, para fins medicinais.
Cápsulas da Placenta. Imagem: Internet

Pode-se também fazer a tintura da placenta. O seu uso é um medicamento vitalício para o bebê. Reconhecendo o poder medicinal da placenta, ter uma tintura feita da própria placenta seria como ter uma poção mágica para o bebê e também pode ser usado pela mãe, para se restabelecer fisiologicamente, emocionalmente e mentalmente após o parto. Uma curiosidade: A tintura também pode ser usada por qualquer pessoa, pois as propriedades da placenta atuam em todos os organismos, sendo um ótimo remédio para lidar com questões de abandono, fraquezas, falta de nutrição (física, emocional, maternal/familiar), depressão, problemas espirituais, psíquicos, medos, ansiedade, entre outras enfermidades.
Como fazer uma tintura da placenta:
Adicione uma parte de placenta para nove partes de conhaque. Exemplo: 1 colher de chá de placenta para 9 colheres de chá de conhaque;
Deixe curar por no mínimo três dias. Esse procedimento de cura deve ser feito em um frasco de vidro escuro ou uma garrafa coberta em lugar frio e escuro.
Pegue 1 parte desta mistura e adicione a 99 partes de conhaque. Exemplo: 2 ml da mistura mais 198 ml de conhaque.
Pode-se então descartar a mistura original, a primeira.
Coloque a nova mistura em um frasco de vidro bem fechado e bata firmemente contra a palma da sua mão 100 vezes, se concentrando na tarefa.
Deste procedimento nasce a tintura mãe de 200ml.
Guardar em um frasco de vidro escuro, em um local fresco.
Tintura da Placenta. Imagem: Internet

Você deve avaliar e planejar antes do seu parto o que você deseja fazer com a sua placenta. Essa informação deve constar no Plano de Parto. Para que ela não seja dispensada no momento do seu nascimento - dequitação - a última fase do trabalho de parto.